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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Poema: A indústria

a indústria é uma atividade
de muita transformação
transforma a matéria-prima
através da produção
em um produto acabado
para a utilização

começou com o artesanato
do trabalhador artesão
quando ela atuava
desde elaboração
até a etapa final
da comercialização

para a manofatura
a indústria evoluiu
produzindo em máquinas simples
a produção subiu
mas o trabalho manual
nessa fase persistiu

a maquinofatura apareceu
com a Revolução Industrial
a produção cresceu
em escala mundial
quase que desapareceu
o trabalho manual

a revolução consagrou
o trabalho assalariado
quem no campo trabalhou
viu-se, então, obrigado
a migrar para a cidade
para ficar empregado

Karl Marx analisou
a questão da mais-valia
a apropriação do trabalho
era assim que consistia
o trabalhador trabalhava
e o proprietário enriquecia

a indústria tradicional
tem pouca tecnologia
a de vestuário e calçado
a têxtil e a metalurgia
a de alimento e bebida
e também siderurgia

já a indústria moderna
tem muita automação
tem pouca mão de obra
mas com qualificação
por exemplo a petroquímica
que tem muita produção

na de tecnologia de ponta
encontramos vários setores
a robótica e a informática
 e a de processadores
que são pequenos componentes
usados em computadores

a dispersão industrial
depende de vários fatores
como energia e capital
e mercados consumidores
da mão de obra local
que são os trabalhadores

também das matérias-primas
e dos incentivos fiscais
dos sistemas de transportes
e dos mercados principais
além, das comunicações
são os fatores locacionais

a indústria se espalhou
agora é mundial
desconcentrou o trabalho
e também o capital
os produtos são fabricados
em uma fábrica global

a produção do iPHONE
segue a lógica atual
vários países o produzem
na tal fábrica global
desde o chip de áudio
até a câmera principal





sábado, 7 de fevereiro de 2015

Citações do Geógrafo Milton Santos no Livro: Metamorfoses do Espaço Habitado



"A mundialização que se vê é perversa ( Santos, 1978 ) . Concentração e centralização da economia e do poder político, cultura de massa, cientificização da burocracia, centralização agravada das decisões e da informação, tudo isso forma a base de um acirramento das desigualdades entre países e entre classes sociais, assim como da opressão e desintegração do indivíduo. Desse modo se compreende que haja correspondência entre sociedade global e crise global. É igualmente compreensível, mas lamentável, que esse movimento geral tenha atingido a própria atividade científica".

"Quando a ciência se deixa claramente cooptar por uma tecnologia cujos objetivos são mais econômicos que sociais, ela se torna tributária dos interesses da produção e dos produtores hegemônicos e renuncia a toda vocação de servir a sociedade. Trata-se de um saber instrumentalizado, onde a metodologia substitui o método".

Uma das características do 'espaço habitado é, pois, a sua heterogeneidade, seja em termos da distribuição numérica entre continentes e países (e também dentro destes), seja em termos de sua evolução. P.15

“(...) o meio urbano é cada vez mais um meio artificial, fabricado com restos da natureza primitiva crescentemente encobertos pelas obras dos homens

"Parece-nos que, hoje, a geografia tende a ser cada vez mais a ciência dos lugares criados ou reformados para atender a determinadas funções, ainda que a forma como os homens se inserem nessa configuração territorial seja ligada, inseparavelmente, à história do presente".

"O burgo, lugar onde o trabalho livre é possível, concentra os artesãos; o pedreiro, o alfaiate, mas também os comerciantes".

(...) "a cidade é um elemento impulsionador do desenvolvimento e aperfeiçoamento das técnicas".

"A geografia deve preocupar-se com as relações presididas pela história corrente".

"Cada pessoa, cada objeto, cada relação é um produto histórico".

"Todos os espaços são geográficos porque são determinados pelo movimento da sociedade, da produção".

Tudo aquilo que nós vemos, o que nossa visão alcança, é a paisagem. P.22

"A modernização da agricultura, a dispersão industrial introduzem formas novas de organização espacial".

"Carl Sauer, pai da geografia cultural - muito próxima da antropogeografia de Ratzel e da geografia humana de Vidal de Ia Blache - propôs que considerássemos dois tipos de paisagem, a natural e a artificial".

"A produção do espaço é resultado da ação dos homens agindo sobre o próprio espaço, através dos objetos, naturais e artificiais. Cada tipo de paisagem é a reprodução de níveis diferentes de forças produtivas, materiais e imateriais, pois o conhecimento também faz parte do rol das forças produtivas".

"A cidade é essa heterogeneidade de formas, mas subordinada a um movimento global".

"A paisagem não é dada para todo o sempre, é objeto de mudança. É um resultado de adições e subtrações sucessivas. É uma espécie de marca da história do trabalho, das técnicas".

"A paisagem é um palimpsesto, um mosaico, mas que tem um funcionamento unitário. Pode conter formas viúvas e formas virgens".

(...) "o homem é sujeito, enquanto a terra é objeto".

"O progresso técnico não elimina a ação da natureza".

"Assim como a história jamais se escreve na véspera, a nova história das relações do homem com a natureza não pode ser cabalmente prevista".


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Poema: Capitalismo - a evolução



Nas grandes navegações
La da época de Cabral
Início do capitalismo
Em sua fase comercial
Duas das grandes potências
Era Espanha e Portugal

A economia seguia os princípios
Da doutrina mercantilista
Sofria a intervenção
Do estado absolutista
Que adotou várias medidas
De cunha protecionista

Tinha que ser positiva
A balança comercial
Existia o monopólio
Ou pacto colonial
Fase do metalismo
Que era o acúmulo de metal

O capitalismo avançou
Para a fase a industrial
A produção aumentou
De maneira radical
Com a máquina a vapor
E o carvão mineral

Começou em solo inglês
A primeira revolução
O investimento burguês
Causou grande transformação
Quando o trabalho camponês
Foi pra industrialização

O trabalho assalariado
Tornou-se mercadoria
E a doutrina do liberalismo
Determinou a economia
Pois, a livre concorrência
Defendia a burguesia

No fim do século XIX
A economia capitalista
Começa uma nova fase
A fase monopolista
Foi época de invasão
E da expansão imperialista

O imperialismo europeu
Em franca expansão
Invadiu a Ásia e África
Causando devastação
Buscando matéria-prima
Para a industrialização

A crise de 29
Que quebrou economia
Pelo excesso de produção
Causou grande agonia
Foi a “quinta-feira negra”
Pro mercado o pior dia

Depois da Grande Depressão
Uma nova teoria
Pregando a intervenção estatal
Dentro da economia
Pra assim evitar crises
E tamanha euforia

No século anterior
Uma grande revolução
E capitalismo avançou
Por meio da informação
Tudo se mundializou
Foi grande a evolução

Foi grande então o progressso
Da técnica e da tecnologia
Causo a intensificação
Das trocas de mercadorias
De capitais e pessoas
Foi uma nova economia

Essa fase do capitalismo
É fase informacional
E neoliberalismo
É a doutrina atual
Há quem diga que estamos
Na terceira revolução industrial
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